Por Vinicius Pessin*
A equação entre aceleração digital, pandemia de covid-19 e novos canais de vendas fez o varejo brasileiro dedicar mais atenção a um serviço essencial para o sucesso de qualquer negócio: a entrega dos produtos. Se antes era uma preocupação quase exclusiva das lojas virtuais, agora é um assunto totalmente estratégico para quem deseja ter um bom desempenho em vendas. À medida que o omnichannel se consolida, é preciso garantir meios de levar os produtos a seus consumidores – não importa se a compra é na loja ou na web. Mas quais são esses meios? De bicicleta a caminhão, há diversas opções para os varejistas escolherem. Confira as características de cada modal para impulsionar a estratégia de delivery:
1 – Bicicletas
As bicicletas, convencionais ou elétricas, estão em alta porque proporcionam mais agilidade às entregas. Com a consolidação de ciclovias nos grandes centros urbanos e a possibilidade de rotas alternativas para os ciclistas, é possível fugir de problemas comuns à realidade brasileira, como o trânsito lento. Com essa opção, o lojista pode fazer entregas no mesmo dia para seus clientes, desde que localizados próximos à loja ou ao centro de distribuição. A desvantagem é justamente o raio de atuação: é um tipo de transporte que não consegue atender a longas distâncias.
2 – Motos
É a opção indicada para quem deseja combinar a mobilidade da bicicleta com a capacidade de atingir regiões mais afastadas da empresa. As motos não têm a facilidade de explorar ciclovias, evidentemente, mas são bem mais ágeis do que os carros, permitindo furar o trânsito engarrafado com mais facilidade – o que também possibilita entregas realizadas no mesmo dia e até em questão de horas. O problema é que a moto, assim como a bicicleta, também tem uma limitação física para transportar volumes maiores.
3 – Carros
A utilização dos carros é uma das opções mais seguras e eficientes para o transporte dos pedidos realizados pelos clientes. Primeiro, pela proteção que proporciona aos itens, uma vez que eles podem ser alocados no porta-malas e não ficam expostos em bagageiros (como nas bikes e motos). Além disso, é possível fazer longas distâncias, incluindo viagens a outras cidades. Por fim, também são bem mais econômicos porque estimulam a utilização do crowdshipping, em que cidadãos comuns utilizam seus próprios veículos para as entregas. O único ponto negativo é a capacidade de transporte, impedindo que o veículo leve vários pedidos de uma vez.
4 – Furgões
Conforme o volume de encomendas cresce, a loja precisa disponibilizar veículos maiores para conseguir levar o máximo de pedidos de uma vez – e é neste tópico que entram os furgões. É comum ver nas ruas das grandes cidades brasileiras automóveis desse tipo das principais redes varejistas. Por meio deles é possível entregar um número bem maior de encomendas por dia sem precisar deslocar o entregador para pegar novos pedidos na loja. Com a modalidade elétrica, também se revela uma alternativa de baixo custo e sustentável. O único contraponto é o tempo de entrega, uma vez que o os furgões irão cumprir um determinado itinerário e uma compra, invariavelmente, ficará para o fim do dia.
5 – Caminhões
É o transporte de encomendas mais conhecido e famoso do Brasil. Com o advento das rodovias, os caminhões se tornaram no modal mais recomendado para transporte de cargas entre as cidades e estados. A vantagem, evidentemente, é a capacidade para grandes volumes em sua carroceria, permitindo que itens pesados como eletrodomésticos sejam levados em segurança. Entretanto, há um ônus: este veículo não é recomendado para as entregas last mile, ou seja, aquelas que levam o produto até o consumidor. Assim, ele pode ser utilizado para transportar diferentes itens pelas rodovias e a parte final ser complementada com algum modal citado anteriormente.
Vinicius Pessin é CEO da Logtech Eu Entrego, startup de entregas colaborativas – e-mail: euentrego@nbpress.com Assessoria de Imprensa
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