O EBITDA foi o melhor já apresentado em um trimestre desde 2013, somando R$ 178,9 milhões, com margem de 40,7%; a movimentação consolidada da Companhia no período foi de 305.591 contêineres
São Paulo, maio de 2022 — A Santos Brasil encerrou o 1T22 com um crescimento de 40% na sua receita líquida em comparação ao mesmo período de 2021, totalizando R$ 440,2 milhões. O EBITDA somou R$ 178,9 milhões (+68,6% YoY), com margem de 40,7% — o melhor resultado trimestral desde 2013. Em base recorrente, o EBITDA foi de R$ 179,3 milhões. Já o lucro líquido alcançou R$ 94,2 milhões, superando em mais de três vezes os R$ 30,9 milhões registrados no 1T21. Esses resultados foram impulsionados pelo aumento do ticket-médio em todas as unidades de negócio da Companhia, principalmente no Tecon Santos, fruto de renegociações contratuais com clientes.
Os três terminais portuários de contêineres da Santos Brasil — Santos (SP), Imbituba (SC) e Vila do Conde (PA) — movimentaram 305.591 unidades no 1T22, queda de 4,8% frente ao 1T21. A retração se explica pelos reflexos da pandemia de Covid-19, que prejudicou o efeito sazonal no 2º semestre de 2020, gerando um volume elevado de escalas extras no Porto de Santos no 1º trimestre de 2021, atípico nesse período do ano. Além disso, o transporte marítimo de contêineres permaneceu pressionado por gargalos logísticos nos portos e no transporte terrestre dos principais mercados globais.
No Tecon Santos, houve queda de 5,6% YoY na movimentação de contêineres no 1T22, principalmente pelo menor fluxo de importação proveniente das escalas extras se comparado ao 1T21. A movimentação no terminal no trimestre foi de 269.242 contêineres, com redução de 8,1% no volume de longo curso, influenciada pela queda do fluxo de importação (-21,4%). A exportação, mais resiliente devido à exposição em cargas essenciais (commodities, por exemplo), apresentou queda marginal (-1,3%). O market share da Companhia no Porto de Santos ficou em 39,0% (vs. 39,2% registrados no 1T21).
O Tecon Imbituba, por sua vez, registrou alta de 33,5% YoY na movimentação de contêineres, essencialmente de cabotagem, reflexo de um maior transporte de carga conteinerizada no país por meio da navegação costeira. O crescimento na movimentação de contêineres cheios foi de 12,8% e o de vazios, de 77,1%. O Terminal de Carga Geral de Imbituba teve queda de 45,8% no período, reflexo do menor volume de embarques de celulose para exportação.
O Tecon Vila do Conde continuou sentindo os efeitos da escassez de contêineres vazios para exportação de cargas e apresentou queda de 9,8% YoY em sua movimentação no 1T22, somando 24.486 contêineres.
O Terminal de Veículos (TEV) movimentou 54.325 veículos no trimestre (-2,2% YoY), com exportação de 48.102 unidades (-3,1%) e importação de 6.223 unidades (+5,7%). Os veículos pesados representaram 8,1% do volume total, influenciado pelo crescimento da importação de caminhões, ônibus, máquinas agrícolas e equipamento para o setor de construção civil, segmentos que vem apresentando crescimento contínuo.
O volume de armazenagem de contêineres da Santos Brasil Logística (SBLog) totalizou 17.571 unidades — crescimento de 23,6% frente ao mesmo período do ano passado. Esse desempenho é resultado da maior captação de contêineres de outros terminais para armazenagem nos CLIAs Santos e Guarujá, bem como pela prestação de serviços de logística integrada, a exemplo de operações de entreposto aduaneiro, cross-docking, gestão de estoque, distribuição, transporte, entre outros.
De acordo com Daniel Pedreira Dorea, Diretor Econômico-Financeiro e de Relações com Investidores, a contração ano contra ano no resultado operacional que se verificou neste trimestre está dentro do esperado, uma vez que a base comparativa foi muito dura. “Em 2021, observamos um volume atipicamente elevado por conta dos efeitos da pandemia da Covid-19, que deslocou para o primeiro trimestre a sazonalidade típica do segundo semestre [de 2020]. Então, se compararmos com 2019, pré-pandemia, quando a Companhia movimentou 254.929 contêineres, o crescimento do 1º Trimestre de 2022 é expressivo, da ordem de 20% ano contra ano”, diz.
Para 2022, a expectativa da Santos Brasil é positiva. Dorea reputa que o resultado da Companhia se manterá forte ao longo dos demais trimestres, notadamente pela recomposição dos preços praticados pela Companhia, fruto de renegociações contratuais realizadas ao longo de 2021 e que serão incorporadas ao resultado nos doze meses do ano. “Apesar de pressões inflacionárias sobre itens de custo importantes, confiamos que as principais linhas do nosso resultado financeiro devem apresentar crescimento relevante neste ano, se comparado a 2021, inclusive com expansão de margens”, diz.
A Santos Brasil encerrou o 1T22 com R$ 1,1 bilhão em posição de caixa e aplicações financeiras que, descontada a dívida total, totalizou um caixa líquido de R$ 708,1 milhões. No período, investiu R$ 46,8 milhões, dando continuidade à expansão, modernização e melhorias em suas unidades de negócio.
O trimestre foi marcado também por importantes avanços em relação à sustentabilidade: a Companhia zerou suas emissões de CO2 de escopo II nas unidades de São Paulo por meio da compra de certificados I-Rec (Certificado Internacional de Energia Renovável); e conquistou nota C no Carbon Disclosure Program (CDP), sistema global sem fins lucrativos para gerir os impactos ambientais do setor privado. A nota é uma evolução em relação ao ano anterior e reflete o aprimoramento dos padrões de gestão ambiental da Santos Brasil. Em paralelo, foram lançados inúmeros projetos focados no desenvolvimento pessoal e profissional dos funcionários, bem como em bem-estar e segurança.
Assessoria de Imprensa
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