Com mudanças no cenário, tendência é que os motoristas profissionais assumam funções cada vez mais estratégicas e analíticas
O segmento de transporte de cargas possui uma importância significativa para o desenvolvimento da economia brasileira como conhecemos. O setor é responsável por aproximadamente 7% do PIB do país, segundo a CNT – Confederação Nacional dos Transportes, corresponde à 61,1% de tudo aquilo que é transportado e é considerado o principal meio de abastecimento da indústria e comércio brasileiros.
Tal importância também é representada no número de empresas, são 219.956 companhias, com uma frota de mais de 1.088.358 veículos. Somando os autônomos, o setor possui uma frota total de 2.270.861 veículos autorizados para realizar transporte de cargas, segundo dados publicados no Anuário CNT do Transporte em 2020.
Porém, sua importância não o deixa alheio das novas tendências e consequentemente dos novos desafios implementados com o passar do tempo.
E com um mercado cada vez mais competitivo, empresas investindo em tecnologia e dados, o transporte rodoviário de cargas (TRC) vem exigindo dos profissionais uma capacidade maior de adaptação.
Segundo Andre de Simone, empreendedor no setor de transportes e coordenador nacional da COMJOVEM – Comissão de Jovens Empresários da NTC&Logística. “Se atualmente a ocupação de motorista é solitária, levando a vida pelas estradas na boléia do caminhão, o profissional do futuro sentirá a necessidade de estar muito mais em contato, tanto com sua base, quanto com os clientes, isso porque com a automação dos veículos, os motoristas deixarão de desempenhar funções repetitivas na direção, assumindo a inteligência por trás do trabalho”.
Um estudo realizado pelo Laboratório do Futuro, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), apontou que 27 milhões de trabalhadores podem ter suas tarefas assumidas por robôs ou sistemas de inteligência artificial até 2040. A pesquisa também apontou que a profissão de motorista de caminhão tem 79% de chances de serem substituídas pela automação.
“Os dados geram grandes questionamentos sobre o futuro dos profissionais da área e aumentam necessidade de treinarmos intensamente nossos profissionais, para que eles possam desenvolver também habilidades analíticas, com o intuito de se tornarem analistas de logística”, adiciona, Andre.
Para o empreendedor, apesar das inovações tecnológicas, sempre haverá a necessidade da inteligência, presença e experiência do motorista profissional para o funcionamento do transporte de cargas e direção de grandes caminhões nas rodovias.
“Ouso dizer que, não contaremos apenas com o motorista do futuro, mas sim com uma nova forma de realizarmos o transporte rodoviário de cargas, tendo como proposta mais qualidade de trabalho. Os caminhões autônomos visam diminuir a carga de trabalho repetitiva do motorista e não os excluir de seus postos, de modo que grandes montadoras, já apontam a importância do componente humano nesta nova tecnologia de caminhões elétricos”, finaliza, de Simone.
Assessoria de Imprensa
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